Sabemos que mesmo o átomo foi posteriormente reduzido às suas partículas mais puras. Nós acreditamos na existência das partes invisíveis do átomo. Contudo, com respeito a tantas outras coisas, nos aferramos à velha crença segundo a qual é preciso “ver para crer”.
Filosofias e religiões antigas sempre acentuaram a natureza não-material de toda a vida. Hoje a ciência, friamente analítica, diz-nos que até mesmo as partículas nas quais o átomo foi reduzido não são a última forma da matéria. A ciência nos diz que a matéria, indiferentemente de quão sólida ela aparente ser, consiste na verdade em minúsculos conjuntos de energia de uma natureza mista. Esses ajuntamentos não tem solidariedade, nem densidade, nem forma, nem solidez tal como a conhecemos. Mesmo as nuvens no céu, incapazes de suportar o peso da asa de um pássaro, tem maior densidade e solidariedade que esses minúsculos bocados de impetuosa energia –- dinâmica, nunca imóvel, sempre pulsando cheia de vida. Hoje, a “indensidade” da matéria nos é familiar, mas talvez a realidade de tal falta de densidade seja mais difícil de aceitar nos termos das coisas cotidianas da vida.
Com isso em mente, vamos dar uma olhada no mundo que encontramos a cada dia. As vigas de aço das pontes, o esqueleto dos arranha-céus, as paredes de tijolos transformando-se em apartamentos, corredores, túneis de elevadores; cimento, madeira, vidro e vários outros materiais – a substância de todos eles é formada basicamente daquilo que não pode ser visto, nem mesmo microscopicamente, até que seja combinado de uma certa maneira, mas está vibrando a velocidades incríveis.
Tudo o que utilizamos no dia-a-dia está igualmente baseado na vibração. A cadeira em que você está sentado lendo estas palavras, a mesa onde faz o seu jantar, as próprias páginas do livro que você tem em mãos são feixes de vibrações que se mantém unidas pela ação das forças eletromagnéticas e que estão organizadas em certos padrões que aparecem como livros, cadeiras, facas, garfos, vigas de aço e tijolos.
Você mesmo, composto de tecidos, ossos, sangue, cabelo, músculos, dentes, unhas, etc., é também um conjunto de feixes de vibrações que se mantém unidas pela ação de forças eletromagnéticas. É disso que a estrela mais luminosa brilhando à noite no céu é composta, tanto quanto um grão de areia na praia, a mais diminuta partícula de algas flutuando no oceano ou a cápsula que lança homens no espaço para caminhar sobre a Lua.
Tal natureza invisível e essencial das coisas está ativa em todos os momentos e por toda parte à nossa volta. Até mesmo enquanto você está sentado e lê estas palavras, certas partículas que são produto de reações que ocorrem no inacreditável calor do coração do Sol, chamadas neutrinos, estão penetrando aos milhões no papel para o qual o seu olhar está-se dirigindo. Estão penetrando tudo no lugar em que você se encontra, incluindo você mesmo.
Tão reais são esses neutrinos, que já começou uma significativa e muito importante corrida mundial para construir a primeira peça de um equipamento chamado acelerador, que poderia utilizar o fantástico poder dessas coisas invisíveis continuamente fluindo em incrível velocidade através dessas páginas e de tudo o mais à sua volta. Mas você não vê coisa alguma, nem se dá conta de sentir coisa alguma desta poderosa energia ininterruptamente afluindo, suficientemente real para cientistas do mundo inteiro trabalharem com ela.
Na verdade, as maravilhas entre as quais tão despercebidamente vivemos são de tamanha vastidão que não estabelecemos relação entre nós e elas. Nada representam em nosso esquema de vida. A luz, por exemplo, é algo com que contamos muitíssimo, aceitando sua presença tão inconsideradamente quanto o ar que respiramos. Contudo, a velocidade da luz é tão grande, que a terra pode ser rodeada sete vezes por ela entre duas batidas do pulso de um ser humano.
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Sem dúvida, as maiores descobertas de nosso tempo não podem ser encontradas nas muitas maravilhas que a tecnologia científica produziu. A descoberta mais importante e de maior alcance é a conquista pelo homem da capacidade de conhecer-se a si mesmo e de compreender a força que possui dentro de si. Em comparação com esta colossal descoberta, todas as outras ficam em segundo plano, pois não há nada comparável ao pensamento de um indivíduo e ao poder das imagens mentais na configuração do mundo.
É o acontecimento de maior alcance num mundo de acontecimentos estupendos. Energia solar, televisão, rádio, aviões, carros, telescópios que vêem à distância de um milhão de anos-luz dentro do céu escuro, bombas, anestésicos, laboratórios espaciais, cápsulas lunares e tudo mais são apenas uma extensão da força do pensamento do ser humano. Todos representam a manifestação e exteriorização do pensamento humano.
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Como este é um livro para ensinar-lhe coisas sobre você mesmo, aprenda desde agora algo que interessa a você! Aprenda que cada pensamento que lhe vem à cabeça, cada idéia que casualmente lhe atravessa a mente, cada desejo que vem à tona é também uma vibração que parte de você ou veio em viagem, pulsando, para dentro do seu ambiente. A força para o bem ou para o mal vem de fora, para dentro do seu ser –- mas a força para o bem ou para o mal também parte de você –- para a vida à sua volta e para outras pessoas. Você é a força para o bem ou para o mal que você próprio emite.
Como acontece com você neste tráfego de pensamento em dois sentidos, acontece com todas as outras pessoas e seus pensamentos. Logo que nasce uma idéia-pensamento, tenha nascido de você ou de qualquer outro membro da espécie humana, ela vive e viaja vibratoriamente até ser atraída para uma mente incubadora que esteja vibrando de forma apropriada para dar-lhe abrigo e fazê-la florescer. Através dessa mente incubadora, ela finalmente achará manifestação de um modo ou de outro, num momento ou noutro.
A lei cósmica da atração magnética repousa na lei da vibração, que é um caminho através do qual a ciência olhará cada vez mais futuro adentro. A lei da atração magnética controla o instituto que faz com que uma idéia-pensamento busque um lar numa mente incubadora apropriada, pois cada vibração atrai vibração de tipo semelhante ao seu. Aqui, poderia ser conveniente lembrar outra vez que você e eu somos em última instância feixes de energias invisíveis vibrando a velocidades tão incríveis que dão a aparência de solidez.
”A força está em você”, Alfreda Oliver, 1976
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